terça-feira, 23 de novembro de 2010

Serenidade já não se faz o bastante..


Pois bem.. 'entre todas as experiências mudas, permanecem ocultas aquelas que, imperceptivelmente, dão às nossas vidas a sua forma, o seu colorido e a sua melodia.
 Fico inerte aos sentidos que afloram em meio a tantas conturbações que me flecham, sem direito a ter o raciocínio lógico de certas pessoas, que levam a vida sem pensar, sem refletir antes de agir.. de passar por cima de tudo e de todos para conseguir o seu.
  Sou muito além de frustrações e desejos, eu sou um pedaço de mim que ainda não fora desmembrado.


"Saudades! Sim.. talvez.. e por que não?…
Se o sonho foi tão alto e forte
Que pensara vê-lo até à morte
Deslumbrar-me de luz o coração!

Esquecer! Para quê?… Ah, como é vão!
Que tudo isso, Amor, nos não importe.
Se ele deixou beleza que conforte
Deve-nos ser sagrado como o pão.

Quantas vezes, Amor, já te esqueci,
Para mais doidamente me lembrar
Mais decididamente me lembrar de ti!

E quem dera que fosse sempre assim:
Quanto menos quisesse recordar
Mais saudade andasse presa a mim!"

Florbela Espanca

2 comentários:

  1. ...eu sou um pedaço de mim que ainda não fora desmembrado.
    Vc tá poeta mesmo hein!

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  2. agora me siga tb...
    tenho andado tão introspectiva que voltei a escrever... tá me aliviando. Bjo

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